Crítica | Eu, Earl e a Garota que Vai Morrer
- Larissa Freitas
- 11 de mar. de 2016
- 3 min de leitura

Happy sadness
Nada.
Era exatamente isso que eu esperava quando comecei a assistir esse filme. As únicas informações que eu tinha sobre ele eram as que estavam na sinopse. Sabia também que existia um livro (que até já estava na minha lista de leitura) de mesmo nome em que o filme foi baseado, mas nem sequer conhecia o autor. O que me levou a assisti-lo foi que, durante minhas futicações diárias nas redes sociais, vi que algumas pessoas comentavam que o filme era bom e que tinha ganhado um prêmio no Festival Sundance de Cinema.
Pensei com meus botões que devia ser bom, certo? No mínimo, seria razoável (confesso que sempre dou uma espiada em filmes com temática adolescente). E foi nessa expectativa zero que uma clicada no play se transformou em uma felicidade serena, com direito até a algumas lágrimas.
Nos primeiros minutos, o filme já me cativou. Gostei da forma como os diálogos foram construídos, gostei das cores, gostei das referências, gostei dos atores (você vai reconhecer vários, mas o que interpreta o Greg Gaines se chama Thomas Mann e com certeza você já viu ele por aí), enfim, amei a história. O filme usa do recurso narrador-personagem, sabe? Onde o protagonista participa e, ao mesmo tempo, conta a história.
Comecei a assistir já tendo certeza que sabia como seria o desfecho, mas no decorrer do filme, comecei a ter sérias dúvidas. Provavelmente você já sentiu isso com filmes de ação ou suspense, mas é mais raro isso acontecer nos gêneros comédia ou drama.
Não sei se já deu para perceber, mas obviamente estamos falando de um filme fofo, que quando termina, você pensa: que gracinha!
Mas esses filmes se resumem a isso. Assim que os créditos começam a aparecer, você já está pensando no que tem para fazer (ou assistir) em seguida. A diferença aqui é que isso não acontece. Greg, Earl e a garota que vai morrer te fazem refletir um pouquinho sobre algumas questões. Eu fiquei filosofando sobre minha própria vida e o que eu estava fazendo com ela por pelo menos uma hora. Pode ser que você passe esse tempo pensando em outros tópicos, mas com certeza serão auto-reflexivos. Eu sei disso pelo simples fato de que este é o grande poder desse filme. Não é só uma história bonitinha. É uma história bonitinha que te faz dar um sorriso triste e te proporciona uma sacudida na alma.
Meu noivo entrou quarto um tempo depois e tudo que eu queria fazer era contar pra ele sobre a história. Normalmente ele assiste comigo, mas costuma dar uma fugidinha quando são filmes do gênero faço-você-repensar-sua-vida. No geral, salvo algumas exceções, se tem drama no filme, ele prefere evitar. Segundo o próprio, a vida dele já tem drama o suficiente pra ele ter que ficar assistindo a dramas alheios, fictícios ou não. Hahahahaha.
Olha, se por acaso você que está lendo isso daqui e é igual ao meu noivo, saiba que você pode assistir a este filme. De verdade. Tem, sim, um quê de tristeza, mas não é depressivo. A gente bem sabe a diferença, né?
A intenção não é a de te fazer chorar lágrimas de sofrimento, mas simplesmente te deixar encantado. Então, por favor, encante-se.
P.S²: Assista a filmes sem ter nenhuma expectativa. Isso faz com que você tenha muito mais surpresas do que decepções.
P.S³: Não queria dedurar, mas meu noivo bem que curte os filmes baseados nos livros do John Green.
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