Resenha | Joyland - Stephen King
- Larissa Freitas
- 9 de abr. de 2016
- 2 min de leitura
O Parque dos Suplícios
Já falei algumas vezes por aqui que o King é um dos meus autores favoritos, eu sei. Por este motivo, espero que essa seja só mais uma entre as várias resenhas de seus livros que vocês vão ver por aqui. Apesar de grande parte de como isso vai ser estar completamente atrelada a minha situação financeira, prometo trazer o máximo de pessoas que puder para o lado assustador da força.
A história deste livro se passa na Carolina do Norte, em 1973. Devin Jones era só mais um universitário de coração partido, pensando no que poderia amenizar um pouco a dor de ter sido abandonado pela garota que, até então, ele achava que o amava. Que solução melhor do que arrumar um emprego de verão? Afinal, dizem que cabeça vazia é oficina do diabo.
Em alguns momentos, até que Joyland se parecia com uma filial do inferno. Considerando que a tarefa principal de Jones era andar pelo parque dentro de uma fantasia do cachorro (Howie, o Cão Feliz) mascote do parque, dançar para as crianças, no auge do verão, não era algo tão inesperado.
Joyland era um parque de diversões litorâneo, extremamente lotado quando fazia calor, mas com a proximidade do outono, o número de visitantes diminuía na mesma proporção em que coisas esquisitas começavam a acontecer.
Devin faz amizade com outros estudantes, Tom e Erin, que viram o mesmo anúncio de jornal que prometia uma chance de ganhar uma graninha extra e se divertir ao mesmo tempo. Mas, além do entretenimento e do trabalho duro, os três (obviamente) encontraram um pouco de terror também.
Para um protagonista sem nenhuma característica muito marcante, Jones consegue te fazer sentir a empatia necessária para que você se envolva com o desenrolar da história.
Quem já está acostumado com o estilo dos livros do Stephen King, sabe que ele domina a arte da identificação. Suas descrições certeiras de atitudes e reflexões comuns a todo ser humano só nos aproxima cada vez mais dos personagens. Aqui, em um livro tão pequeno para os padrões do mestre (tem apenas 240 páginas), nos deliciamos com uma trama recheada de lágrimas, algumas risadas e uma leve pitada de medo.
Inclusive, se você ainda não está familiarizado com o trabalho dele, esse livro é uma ótima forma de começar, viu? Depois do primeiro, tenho certeza que você vai lotar sua estante com as obras dele.
Agora, se você já é um veterano das batalhas narradas pelo coração assombrado, cuidado! Joyland não tem a mesma densidade dos outros livros do King. Perto de “O Iluminado”, por exemplo, esse parque de diversões não tem absolutamente nada de assombrado.
Não sou muito boa em fazer suspense, mas espero ter conseguido te deixar instigado o suficiente para ir, pelo menos, pesquisar os preços do livro. Pelo que eu andei vendo por aí, acho que ainda hoje Joyland vai estar no seu carrinho de compras.
Informações Adicionais: Título: Joyland Autor: Stephen King Editora: Objetiva Média de preço: R$: 29,90 Sinopse e Opção de compra: Submarino
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