Crítica | O Universo no Olhar
- Larissa Freitas
- 18 de abr. de 2016
- 2 min de leitura
Esse filme está na lista dos que indiquei para muitas pessoas, mas quase ninguém viu. Eu quis que muitas pessoas assistissem para descobrir se elas ficariam tão tocadas quanto eu fiquei. Chorei, mas até agora não sei ao certo do que as lágrimas eram feitas: tristeza, felicidade, admiração ou só... pura emoção.
Você sente suas estruturas lógicas e espirituais meio abaladas, justamente porque o filme envolve as duas temáticas em uma só linha de raciocínio (se é que isso é possível), sabe? Talvez a minha fé tenha uma base que facilite mais a identificação com o enredo do que a sua, mas a beleza da história é capaz de comover qualquer indivíduo que simplesmente acredite em Deus e/ou que acredite que a nossa vida não se resume somente ao nosso tempo aqui na terra.
O cientista Ian Gray representa a parte da população que encontra explicações para absolutamente tudo que somos, temos, vemos, pensamos e sentimos. Inclusive, sua pesquisa tinha como objetivo principal encontrar um meio de provar, efetivamente, que todo o desenvolvimento do olho humano aconteceu seguindo as regras da teoria da evolução, sem depender de qualquer intervenção de algum ser todo-poderoso. Até que ele conheceu Sofi.
Essa não é uma história de amor convencional, e não digo isso só porque o desfecho é diferente dos tradicionais. Falo pelo fato de que, apesar do romance dos dois ser muito importante para o desenrolar da trama, não é, nem de longe, o cerne do filme.
Não sei como enfatizar o quanto quero ter alguém para conversar sobre o que esse filme causa em quem assiste. Ele me marcou, deixando a sensação de que vou me lembrar dele para sempre, mesmo sem revê-lo com frequência. Quero te convencer a ir ver imediatamente, mas corro um sério risco de elevar demais as suas expectativas, fazendo com que você chegue ao final do filme e pense: Ah... era só isso? Que exagero daquela menina. Não tem nada demais.
Não pense isso, por favor. Vamos fazer o seguinte, vou me controlar e te de indicar como uma pessoa normal faria.
Acho que deveria ser mais ou menos assim: olha, vi um filme bem bacana, que aborda um pouco aquele velho conflito entre a religião e a ciência, só que de uma forma diferente, sabe? Dá uma conferida aí e depois me fala o que achou.
E aí? Ficou melhor?
Então tá bom, quando assistir, me dá um toque. Não tem pressa, não. Mas... o que você está fazendo agora mesmo?
P.s: Esqueci de falar que o nome do filme, em português, é exatamente o mesmo que o título dessa humilde resenha que você acabou de ler. (:
Yorumlar