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Crítica | A Senhora da Van

  • Larissa Freitas
  • 11 de mai. de 2016
  • 2 min de leitura

Pegue uma Carona


Posso começar dizendo que esse filme me pegou por ter a Maggie Smith. Sou apaixonada pela atriz e assistiria qualquer coisa em que ela estivesse, de verdade mesmo. O amor começou em “Harry Potter e a Pedra Filosofal” e não saiu nunca mais do meu peito. Então, já temos aí o que me fez querer ver o filme logo de cara.


Depois tem o fato de que, embora não tenha visto muitos, adoro os filmes europeus. Principalmente os britânicos, porque quando você menos espera, aparece algum ator ou atriz de Harry Potter por ali! Hahahaha (sei que pareço obcecada e, para falar a verdade, acho que sou mesmo). Foi exatamente isso que aconteceu. De repente, lá estava a Madame Maxime e o Professor Horace Slughorn, novamente em papéis secundários, mas sem perder o talento e a simpatia.


Eu tinha lido a sinopse do filme e pensei que seria divertido, como realmente foi. Mas não só isso. Também foi muito tocante e encantador de diversas maneiras. Logo no início, você fica meio perdido. Não sabe direito o que esperar da história ou se o enredo vai progredir do jeito que você imaginou que iria ao ler a sinopse. E, então, você descobre que estava certo. Tudo acontece maravilhosamente diferente do esperado.


Já no meio do filme, você não está apaixonado, mas sim, intrigado. Quer mesmo saber como aquela história vai terminar, sendo que tudo o que você pressupôs ainda não aconteceu. Provavelmente, nem vai acontecer. O desfecho não é necessariamente inimaginável, mas tenho certeza que vai te surpreender positivamente, já que assume um tom ligeiramente diferente daquele que o filme teve até então.


Mary Shepherd (Maggie Smith) tem muitas personalidades em uma só, o que faz com que você a adore e a deteste ao mesmo tempo. É possível encontrar um pouco de alguém que você conhece ali, em Shepherd, de uma maneira estranhamente consoladora. Algo semelhante acontece com Alan Bennett (Alex Jennings). Espera-se que a simpatia com os protagonistas seja imediata, coisa que não acontece aqui. Em Londres, no bairro Camden Town, ninguém é completamente virtuoso, mas sim, repleto de conflitos interiores e com alguns defeitos bem peculiares, digamos assim. Exatamente como na vida real.



Esse filme é um bom exemplo de porquê não costumo colocar as sinopses aqui. Muitas vezes, elas simplesmente não fazem jus ao filme e as pessoas acabam descartando algo que realmente valia a pena ser visto. Alguns resumos contam muito mais do que deveriam e não só estragam as surpresas, como também conseguem minimizar a história de tal maneira que ela se torna desinteressante, logo ali, nas rápidas passadas de olhos que costumamos dar neste tipo de texto.


Posso dizer que este é um bom conselho: se o filme te chamou atenção o suficiente para ler a sinopse e perder alguns minutos considerando se deve assistir ou não, dê uma chance. Você não está esperando nada mesmo, então, se for ruim, não vai fazer muita diferença. Agora, se for bom, vai te preencher com aquele sentimento sensacional que temos quando assistimos algo que nos acrescentou algo, de uma maneira ou de outra. Alan, Mary e sua van me proporcionaram isso e eu verdadeiramente espero que façam o mesmo com você. Em todo caso, me conta! (:


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